A história da minha vida

Oi, meu nome é Manoel. Aqui estou escrevendo porque quero passar minhas palavras de geração a geração e deixar um legado para as pessoas para que nunca desistam dos seus sonhos como eu fiz e me arrependi de algumas coisas e outras, nem tanto.
Fonte da imagem: http://www.universal.org.ar
Eu, quando criança, sonhava em ser professor, mas os meus sonhos foram interrompidos quando meus pais morreram em um acidente de carro. Tive que mudar de cidade para morar com a minha avó, me adaptar a outras coisas e fazer novos amigos. Depois de quase sete anos, que meus pais faleceram, fui para faculdade e lá conheci, talvez, o amor da minha vida, ela se chama Natália, uma garota meiga e gentil, que logo quando cheguei lá me deu as boas-vindas.
Na primeira vez que eu a vi, me apaixonei. Depois de quase uma semana que cheguei lá, fui convidado para uma festa. Eu não era muito tímido, mas quando cheguei ao local, lá estava ela dançando e conversando com as suas amigas. Fui pegar uma bebida no mesmo momento em que ela foi. Ali, nos encontramos e começamos a conversar. Convidei-lhe para conversarmos em um lugar mais calmo. Falamos sobre o lugar em que morávamos, entre outros assuntos. Nesse meio tempo, ela me perguntou coisas ao meu respeito, de onde eu era, de onde eu vim. Falei o que aconteceu com meus pais. Depois, chamei para voltarmos para a festa. Ela disse: “Não. Vamos ficar aqui. Quero fazer uma coisa antes de ir”. Daí, ela me deu um beijo na boca. Quando isso aconteceu, fiquei sem reação. Aí, lhe perguntei por que fez isso. Então, falou ela: “Por que eu gostei de você. É um cara sincero e carinhoso. A partir daquele dia, começamos a namorar.
Chegou o final de ano. Nós íamos passar longe de nossas famílias para ficarmos juntos nesse período. No dia seguinte, eu liguei para minha vó para lhe desejar um feliz ano novo. Depois de alguns dias, veio uma notícia que ia abalar a minha vida: ela estava grávida e o filho era meu. Naquele momento, pensei: “Vou ser pai. Sou o cara mais feliz do mundo”. Mas, ela não queria ter esse filho. Nesse momento, ela teve a ideia de fazer um aborto. Eu falei para ela: “Calma, nós vamos passar por tudo isso juntos tá, meu amor?”. Finalmente, ela concordou comigo.
Depois de um tempo, ela já estava com um barrigão e perto de ter o bebê. Em seguida, meu filho nasceu e ficamos muito felizes. Depois de quase quatro meses, em um dia sol, ela foi embora e me deixou uma carta dizendo: “Meu Manoel, eu não aguento mais, não quero isso pra mim. Vou embora, mas nunca vou te esquecer você, tá?”. Quando terminei de ler a carta comecei a chorar, mas não desanimei. Comecei a trabalhar e a cuidar do meu filho, porque era eu e ele na vida.
Passaram-se mais ou menos dez anos. Meu filho já está grande, estudando. Nunca me arrependi do que eu fiz no passado. Só me arrependo de não ter conseguido amar mais, mas tudo bem. Agora, já estou quase no fim da vida, com 78 anos, eu quero dizer que a minha vida foi boa. Eu amei, cuidei, fui pai e estou bem até hoje e digo: nunca desista dos seus sonhos e sempre que a vida fizer você cair, levante-se e siga em frente fim.
Jobson Ciriaco Fernandes Junior

7º Ano, Turma 71 - PENOA
Escola Prof. Alexandre Sérgio Godinho 
Compartilhar no Google Plus

Sobre Prof. Reginaldo Amorim

Professor de Língua Portuguesa e Literatura da Escola Emérita Duarte - Cívico-Militar. Mestre e doutorando em Linguística pela UFSC.
    Blogger Comment
    Facebook Comment