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| Fonte da imagem: http://www.sobrerelacionamento.com.br |
Uma das pessoas mais fortes que eu conheço é a Melissa. Rapaz, se eu te contar a história dela, você vai se surpreender. Assim, nós sempre fomos muito amigos, sabe? Aquela amizade de faculdade até os dias de hoje.
A sofrida história de vida dela começou quando tinha uns 16 anos e foi numa festinha, dessas que os jovens costumam ir sempre, mas acabou dando rolo. Nessa festa, enquanto a Mel estava distraída, acabaram colocando droga na bebida dela. O negócio foi rápido, ela ficou inconsciente e um desgraçado se aproveitou dela. Três meses depois, descobriu que estava grávida. Foi pedir ajuda aos pais, já que era de menor e precisava conversar, precisava daquele conselho do que fazer... Mas, os pais a expulsaram de casa.
- Você acha que vou deixar que nossa família fique manchada por sua causa? Deveríamos ter te criado melhor, sua desgraçada!
A pobrezinha da Melissa teve que acabar morando na casa de uma amiga, onde recebeu o amor e o apoio que não teve em sua casa, mas, teve que "se virar nos 30"! Logo que conseguiu um serviço, passou a trabalhar de manhã, estudava à tarde e à noite pagava um cursinho pré-vestibular. Queria mostrar aos pais que não era uma vagabunda, que podia lidar com tudo o que aconteceu e ter um bom emprego.
Com o passar os meses, a barriga foi crescendo, o vestibular foi chegando e a Melissa deu à luz a uma linda menininha chamada Carolina e, meses depois, entrou na faculdade. Era um corre-corre, estudava, trabalhava e agora tinha a bebê para cuidar.
Apesar da pequena Carol ser fruto de um abuso, Mel a amava acima de tudo, até mesmo da depressão que havia adquirido após o parto. "O amor que eu sinto por ela supera qualquer coisa que me tenha acontecido, sabe?" Disse-me a Mel um dia desses qualquer, quando eu perguntei como ela conseguia ser tão forte.
Hoje, ela é médica pediátrica, mora em uma das melhores casas em um bairro nobre de São Paulo, e a Carolzinha vai fazer 12 anos mês que vem.
Para mim, ela é um exemplo de mulher guerreira, e eu quero ser como ela.
Letícia Anselmo
1º Ano - Ensino Médio Inovador
Escola de Ensino Médio Profª. Maria da Glória
Sobre Prof. Reginaldo Amorim
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